Mancini comandou o Náutico pela última vez na derrota para o Ypiranga (Paullo Almeida) (Diego Nigro)
Antes do apito inicial, Vágner Mancini já estava sendo vaiado pela torcida. E assim continuou durante todo o jogo, intervalo e pós-partida. O clima insustentável fez com que a diretoria do Náutico mudasse de opinião sobre a confiança que declarava ter a respeito do trabalho do técnico.
Isso explicaria a demissão de Mancini, anunciada na noite deste domingo. Não seria fácil bancar a manutenção do técnico. Até porque grande parte dos problemas vividos pelo Náutico neste Pernambucano são frutos dos erros na gestão do futebol.
O clube não repôs com a devida atenção as peças perdidas na transição de 2012 e 2013. Contratou pouco e mal. Se não sofresse tantas perdas de jogadores ao longo do Pernambucano por causa de contusões, as limitações do elenco timbu talvez ficassem um pouco menos visíveis.
Mas perdeu Maranhão e Jean Rolt, por exemplo, comprometendo muito o setor defensivo, que já não era o dos mais fortes. Os reservas não tiveram condições de segurar a barra. Idem no meio de campo.
Mancini, embora tenha repetido péssimos trabalhos recentes, está longe de ser o maior culpado. Quem vier terá em mãos as mesmas limitações. A menos que até as semifinais o departamento médico consiga liberar seus clientes em condições de entrar na equipe imediatamente e o novo técnico consiga tirar mais do restante do elenco