Antes do apito
inicial, Vágner Mancini já estava sendo vaiado pela torcida. E assim
continuou durante todo o jogo, intervalo e pós-partida. O clima
insustentável fez com que a diretoria do Náutico mudasse de opinião
sobre a confiança que declarava ter a respeito do trabalho do técnico.
Isso explicaria a demissão de Mancini, anunciada na noite deste domingo. Não seria fácil bancar a manutenção do técnico. Até porque grande parte dos problemas vividos pelo Náutico neste Pernambucano são frutos dos erros na gestão do futebol.
O clube não repôs com a devida atenção as peças perdidas na transição de 2012 e 2013. Contratou pouco e mal. Se não sofresse tantas perdas de jogadores ao longo do Pernambucano por causa de contusões, as limitações do elenco timbu talvez ficassem um pouco menos visíveis.
Mas perdeu Maranhão e Jean Rolt, por exemplo, comprometendo muito o setor defensivo, que já não era o dos mais fortes. Os reservas não tiveram condições de segurar a barra. Idem no meio de campo.
Mancini, embora tenha repetido péssimos trabalhos recentes, está longe de ser o maior culpado. Quem vier terá em mãos as mesmas limitações. A menos que até as semifinais o departamento médico consiga liberar seus clientes em condições de entrar na equipe imediatamente e o novo técnico consiga tirar mais do restante do elenco
Isso explicaria a demissão de Mancini, anunciada na noite deste domingo. Não seria fácil bancar a manutenção do técnico. Até porque grande parte dos problemas vividos pelo Náutico neste Pernambucano são frutos dos erros na gestão do futebol.
O clube não repôs com a devida atenção as peças perdidas na transição de 2012 e 2013. Contratou pouco e mal. Se não sofresse tantas perdas de jogadores ao longo do Pernambucano por causa de contusões, as limitações do elenco timbu talvez ficassem um pouco menos visíveis.
Mas perdeu Maranhão e Jean Rolt, por exemplo, comprometendo muito o setor defensivo, que já não era o dos mais fortes. Os reservas não tiveram condições de segurar a barra. Idem no meio de campo.
Mancini, embora tenha repetido péssimos trabalhos recentes, está longe de ser o maior culpado. Quem vier terá em mãos as mesmas limitações. A menos que até as semifinais o departamento médico consiga liberar seus clientes em condições de entrar na equipe imediatamente e o novo técnico consiga tirar mais do restante do elenco
O locutor anunciou todo o time do Náutico. Quando pronunciou o nome do técnico Vágner Mancini as vaias surgiram na social e cadeiras. Era o prenúncio do que aconteceria durante e depois da partida contra o Ypiranga, nos Aflitos. No dia do seu aniversário, nada de parabéns para você.
Nem poderia. O futebol do Náutico, mais uma vez, foi sofrível. No começo da partida, até que não tanto. O time entrou mostrando disposição e partindo para abrir o placar. Mas faltou organização tática para se manter em cima do visitante.
Os meias Giovanni e Marcos Vinícius estavam mais preocupados em marcar na sua intermediária do que encostar nos homens de frente, que ficaram isolados e passaram a tentar solucionar o problema sozinho. Para piorar, os laterais não apoiavam.
Com a inoperância do time, o Ypiranga passou a se soltar mais e chegou a ter chances mais claras de marcar até conseguir fazer o primeiro, com Danúbio, de cabeça, em vacilo de Alcides.
As vaias se intensificaram até o final do primeiro tempo, na saída dos jogadores e comissão técnica e até na porta dos vestiários durante todo o intervalo. Elas voltaram com o retorno do time para o segundo tempo. Mas a equipe voltou mais acesa e chegou a dar uma esperança numa reação. Em parte graças à correria de Jones Carioca, que havia entrado bem no lugar de Marcos Vinícius.
O Náutico cresceu, teve chances claras com Rogério, que chegou a acertar o travessão. Mas a pressão timbu era muito mais em função da disposição de alguns atletas do que propriamente dita organização tática.
Como no primeiro tempo, o Ypiranga se resguardou nos primeiros trinta minutos e depois passou a explorar o contra-ataque. Num deles, Auremir fez falta em Guilherme e foi expulso (já tinha amarelo). No seguinte, sem a devida cobertura do jogador que saiu, Danúbio sofreu pênalti de Alcides. Diogo decretou a derrota timbu.
Vaias, xingamentos e gritos de guerra. Nada a comemorar nos Aflitos.
ATUAÇÕES
DEFESA
Só Felipe escapou, apesar de uma bobeada no primeiro tempo. Fez duas defesas difíceis e evitou o pior.
Auremir e Bruno Collaço foram nulos e ineficientes.
Na zaga, Alcides deixou o torcedor com saudade de Alemão. Alisson foi o menos fraco.
MEIO DE CAMPO
Rodrigo Souto muito fraco, lento. Martinez fez companhia ao parceiro volante. Os meias Giovanni e Marcos Vinícius foram piores. Faltou iniciativa ofensiva, encostrar nos homens de frente. Jones Carioca entrou na vaga de Marcos Vinícius e, apesar de loucura, deu agressividade ao time.
ATAQUE
Rogério e Elton não estiveram bem em campo. Ambos pecaram por exagerar na individualidade e querer resolver sozinhos. E não resolveram. Não podem ser crucificados porque jogaram isolados.
1 – Rogério para Elton, que ajeita para Martinez dar o primeiro chute do jogo, por cima do travessão de Jailson, aos dois minutos.
2 – Aos seis, Marcos Vinícius fez boa jogada pelo meio e encontrou Elton na esquerda. O atacante tentou tirar do goleiro do Ypiranga, mas a bola foi para fora.
3 – Felipe deu um susto nos alvirrubros. Depois de um cruzamento na área, a bola subiu muito. Na descida, o goleiro não segurou e quase que os visitantes pegavam a sobra.
4 – Aos 19, Rogério levou pela esquerda, limpou a marcação e soltou uma bomba. A bola assustou Jaílson e tirou um uhhh da torcida.
5 – Aos 31, Danúbio partiu em contra-ataque, depois de um erro de Rodrigo Souto, e bateu da entrada de área. Felipe salvou com o pé, colocando para escanteio.
6 – Onze minutos depois, Danúbio não desperdiçou. Na cobrança de falta na esquerda, a zaga parou e o atacante do Ypiranga tocou de cabeça para dentro do gol timbu. 1X0.
7 – Na volta para o segundo tempo, Jones Carioca apareceu no lugar de Marcos Vinícius. Aos quatro minutos, ele fez boa jogada pela esquerda, limpou um marcador e soltou a bomba, que raspou a trave esquerda de Jaílson.
8 – Aos 16, Elton foi à linha de fundo e colocou a bola na cabeça de Rogério, livre de marcação e entrada da pequena área. O toque de cabeça foi para fora.
9 – Novamente Rogério, aos 24. Desta vez, ele driblou o zagueiro dentro da área e deu uma bomba, que explodiu no travessão.
10 – Aos 32, Danúbio arrancou em contra-ataque, entrou na área e foi atropelado por Alcides. Pênalti. Diogo cobrou e marcou o segundo do Ypiranga.
NÁUTICO
Felipe; Auremir, Alcides, Alisson e Bruno Collaço (Josa); Rodrigo Souto, Martinez, Giovanni (Vinícius Pacheco) e Marcos Vinícius (Jones Carioca); Rogério e Elton. Técnico: Vágner Mancini.
YPIRANGA
Jailson; Diogo, Danilo, Egon e Hugo; Jeferson Piauí, Dácio (Beto), Lincoln (Johnatas) e Cinho; Elivelton (Guilherme) e Danúbio. Técnico: Edson Miolo.
LOCAL: Aflitos
ÁRBITRO: Arilson Bispo
ASSISTENTES: Ricardo Chianca e Bruno Alcântara
CARTÃO AMARELO: Auremir, Jones Carioca, Alcides (N); Marcinho, Beto, Jaílson (Y)
CARTÃO VERMELHO: Auremir (N)
GOL: Danúbio (42/1º), Diogo (34/2º)
RENDA: R$ 58.449,00
PÚBLICO: 7.305
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